sábado, 22 de agosto de 2009

Devo ser educador se não consigo lidar com meus próprios preconceitos?

Ouvi esta provocação durante o Fórum "Desafios do Magistério", cujo tema era "Gênero e sexualidade na escola".
Me lembrei desta pergunta ao ler o texto de Tomaz Tadeu da Silva, "Por uma pedagogia da diferença" e o texto de Maria Teresa, "Sobre identidade e diferenças nas escolas". Estes textos chamam a atenção para a pedagogia da diferença, sendo que esta traz questionamentos em torno da produção da identidade e da diferença, bem como do poder que as envolve.
Gostei muito desta proposta e acredito que nós, educadores e educadoras, também devemos nos indagar em torno da construção de nossa própria identidade. O educador que é preconceituoso ou acredita na existência de identidade normal/especial/com problemas de aprendizagem/pobre e etc., não consegue trabalhar na perspectiva da inclusão escolar, ou seja, numa escola das diferenças, pois nesta as identidades são transitórias e inacabadas, não havendo espaço para categorização dos alunos.
Achei os textos muito interessantes para reflexões sobre o currículo e também sobre nossa identidade pessoal.

2 comentários:

  1. Eu me dedico a buscar textos que possam trazer a vocês uma ampla visão de nosso papel de educadores. Que bom que já na primeira leitura você pode aproveitá-los bem. Gostei!!
    Profa. Maria Teresa

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  2. Concordo com a Larissa..Estive neste Fórum e várias dessas questões levantadas me inquetaram muito, principalmente esta sobre meus preconceitos.
    É claro que como educadores imagino que estejamos em constante busca por melhoras, conhecimento e em desfazer o que está presente em nós negativamente. Ou seja,nos desvestir do pré-conceito que trazemos não é uma tarefa fácil,mas temos plena consciencia que eles não devem ser passados adiante, que se está impregnado em nós é nosso dever nos desfazer para que, só assim, consigamos contribuir, com um pouco que seja, para uma sociedade mais justa..com diferentes formas de pensamentos,claros,mas no qual o desrespeito não de sobrepõe.

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