sábado, 19 de setembro de 2009

Uma questão

Entrei no curso de pedagogia com a convicção de trabalhar por uma igualdade de aprendizagem entre meus alunos, gostaria que todos aprendessem, mas jamais passou pela minha cabeça fazer uso do autoritarismo para atingir tal meta. Há algum tempo tenho me perguntado: Igualdade de aprendizagem, é possível na pedagogia das diferenças? Gostaria de discutir mais esta questão e saber o que vocês pensam disso.

2 comentários:

  1. Estamos discutindo este assunto desde a primeira aula. Ele é o eixo de nossa disciplina. Acho que você encontrou o caminho para entender onde queremos chegar . Muito bom! Fico feliz.

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  2. Eu também me pego pensando a esse respeito, Larissa. Depois de muita esperiência, não acredito nisso. Como garantir que todos cheguem juntos ao mesmo lugar? Não somos robôs, máquinas programáveis que possam ser reguladas para chegar em um mesmo momento em um ponto. Em educação, costumamos falar sobre "os que não aprendem", mas há também os que aprendem e morrem de tédio nas aulas. Parece que o mito da igualdade mata todos pela média, não é?
    Esta fala não significa que eu despreze o direito de cada um aprender, mas me autoriza a criticar cursos fechados, programados, sistematizados, apostilados, que imprimem um ritmo de máquina ao ensinar-aprender, e funciona como base para a descontrução das práticas costumeiras de avaliação. Por isso defendo defendo uma educação que seja para cada um, singular, e a filosofia da diferença tem me trazido instrumentos para movimentar antigas crenças.
    O professor Silvio Gallo escreveu, em seu livro sobre Gilles Deleuze, que esse filósofo tem a capacidade de “(...) de promover no leitor, educador, ou ao menos alguém preocupado com questões educacionais, essas conversações e guerrilhas consigo mesmo (...)” (GALLO, 2003, p.12). Quando as guerrilhas vão sendo travadas e as certezas ficando ausentes é que estamos fazendo algo pela educação. Se houvesse fórmulas e soluções possíveis e já prontas, pensadas, não teríamos tantos problemas, não é?

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